domingo, 1 de julho de 2012

O "papão" da Curuzu

Fotos: Acervo do Payssandu Sport Club
O Estádio Leonidas Castro é um estádio de futebol, adquirido pelo Paysandu no término de Julho de 1918, por 12 conto de réis. Localizado na Av. Almirante Barroso s/n, a popular “Curuzu” tem capacidade para 12.500 espectadores.

O Estádio entrou este ano em reforma geral com ampliação prevista para 14.000 espectadores, com 40 camarotes refrigerados, 1.800 cadeiras cativas, tribunas de honra, e arquibancadas numeradas conforme preceitua o Estatuto do Torcedor.

A Curuzu deu bons momentos para o paysandu e recebeu muitos e importantes jogos, como a final do Brasileirão da série B de 2001, dentre outros.


2010. Campeão paraense.


2009.

2008. Edição Especial do "Bola", suplemento ssportivo do jornal "Diário do Pará", relativo à conquista da "Copa dos Campeões", pelo Paysandu.

2008.


Robgol, uma legenda do Payssandu.

2006.


2003. Time da vitória histórica sobre o Boca Juniors, em plena Bombonera.

2003. Único time do Norte a disputar a libertadores.




2000. Campeão paraense.


1991.

1988. Em pé: Paulo Gular - Alfredo - ??? - ??? - Pedrinho e Paulinho. Agachados: Edil - Luizinho das Arábias - Oberdan - Miguelzinho e Marajó.
1987.

1983. Em pé: Marinho - Samuel - Ademilton - El - Paulo Róbson e Braulino. Agachados: Caréca - Mesquita - Cabinho - Edésio e Paulo Sérgio.



1975. Campeonato Paraense, vitória do Payssandu sobre a Tuna, no Curuzu, dia 11 de maio.

1974.

1966. Juan Alvarez (treinador) - Waltinho - Edmar - Abel - Oberdan - João Tavares - Paulinho e Dr. Rodolfo Tourinho (médico) Agachados: Quarentinha - Bené - Rubilota - Tito - Garcia e Carnaval (massagista).

1965. Em pé: Oliveira - Beto - Jota Alves - Abel - Castilho e Carlinhos. Agachados: Quarentinha -  Pau Preto - Édson Piola - Milton Dias e Ércio.

1964. Paysandu que perdeu para o Fast: Em pé: Caim (técnico) - Mangaba -  Jorge Baleia - Casemiro - Paulo - Zé Ferreira e Oliveira. Agachados: Quarenta - Laércio - Ferreira - Purifica e Ércio.

1915.

O Paysandu já foi muito conhecido como “O Clube de Suisso”. Ainda hoje, as vezes, assim é chamado. Mas, quem foi “Suisso”? Seu nome: Antonio Barros Filho. Foi um dos grandes futebolísticos que o Pará já teve.

Dizem que iniciou-se na Suíça, e daí o apelido. Paraense, nasceu em 1899 e morreu, ainda moço, 23 anos, a 2 de julho de 1922. Jogava com eficiência em qualquer posição, mas destacava-se como lateral esquerdo ou centro-médio. Foi sempre o “capitão do time” no Paysandu, função que, na época, incluía a de treinador.

Foto do "Vovô da Cidade", em dia de jogo, publicado pela revista "Caraboo" de 26 de setembro de 1914, ano em que o campo foi inaugurado. À essa altura ainda pertencia a firma construtura.

O atual campo do Paysandu, na Almirante Barroso (antes Tito Franco), era da Firma Ferreira & Comandita, que construiu e inaugurou a 14 de junho de 1914. O Campo também é chamado "Vovô da Cidade" e da "Curuzú".

É do Paysandu graças a Leônidas Sodré de Castro, grande Alvi-Azul, cujo nome, muito justamente, foi dado ao campo. Leônidas teve também grande influência na compra da atual sede. Presidiu o Paysandu de 2 de fevereiro de 1930 à 2 de fevereiro de 1931 e participou de outras diretorias. Sem dúvida, Leônidas Sodré de Castro foi um dos artifícies do Paysandu.

1914. O primeiro time do ainda "Paysandu Foot-Ball Club". Em pé, o zagueiro Bayma, o goleiro Romariz e o zagueiro Sylvio. Ajoelhados, no meio, Jaime, Moura Palha e o inglês Mittchel. Sentados, Mattheus, autor do primeiro gol da história, Guimarães, Garcia, Hugo Leão e Arthur Moraes

Tudo começou a partir de um jogo do Norte Clube contra o Guarany, realizado em 15 de novembro de 1913, e que terminou empatado em 1 a 1, tirando as chances de conquista ao titulo daquele ano, pois a equipe precisava vencer para disputar com seu rival, o Remo, um jogo extra para a decisão.

Os fundadores do Norte Clube, entraram com um recurso na Liga Paraense de Foot-Ball, pedindo a anulação da partida por irregularidades e a realização de um novo jogo. Porém a Liga Paraense julgou improcedente o recurso. Com isso, o Grupo do Remo (atual Clube do Remo) se beneficiou e ficou com o titulo. Revoltados, resolveram fundar um novo clube - que viria a se tornar o "Maior da Região Norte do Brasil" - o Paysandu.

Hugo Manoel de Abreu Leão, que jogava no Norte Club, era o líder do movimento destinado a fundar a nova agremiação. Os integrantes do Grupo do Remo chegaram até a convidá-lo para ingressar no clube , idéia que foi repelida, de imediato, com a seguinte frase: "Vou fundar um Clube para superar o Grupo do Remo!"

Reuniões se sucederam e os componentes do Norte Club acabaram por se decidir pela extinção da agremiação, e pela fundação de outra, mais forte e com nova denominação.

No dia 7 de dezembro de 1913, domingo, o jornal "O Estado do Pará", na sua 3ª página, Coluna "Chronica Sportiva" publicava a 1ª. nota na história a fazer menção ao Paysandu: "PAYSANDU CLUB Entre elementos esportivos de valor e da "elite" belemense , por iniciativa de nomes acatados em nosso meio, deverá em reunião a realizar-se nesta Capital, fundar-se sob o nome de Paysandu Club, uma sociedade esportiva que iniciará logo suas secções de remo e foot-ball." ...

Na edição de 1o de fevereiro de 1914, assim se reportava o jornal sobre a fundação do novo Clube: "Amanhã, às 8 horas da noite, em casa n.° 22, à rua Pariquis, realizar-se-á importante reunião que terá por fim assentar as bases de uma nova sociedade esportiva, em Belém" ...

A convocação feita pelo jornal surtiu efeito, fazendo com que comparecessem à reunião 42 desportistas, muitos dos quais haviam integrado o Norte Club, além de outros de agremiações diferentes, como, por exemplo, do Internacional Sport Club, ou Recreativa.

A reunião foi iniciada às 20,15 horas de uma segunda-feira, 2 de fevereiro de 1914, na residência de Abelardo Leão Conduru, localizada à rua do Pariquis, 22, entre as travessas Apinagés e São Matheus (atual Padre Eutíquio). Por unanimidade, a assembléia escolheu Hugo Leão para presidir os trabalhos. Como líder do movimento, ele propôs a denominação de Paysandu Foot-Ball Club para a nova agremiação.

O nome foi escolhido "como homenagem ao feito glorioso e heróico da Marinha de Guerra Brasileira, ao transpor o Passo do Paysandu, na guerra contra o Paraguai". A sugestão de Hugo Leão foi motivo de acirrado debates na assembléia, que logo se dividiu em duas alas , uma a favor, e outra contrária, propondo o nome de Team Negra Foot-Ball. Feita a votação, registrou-se a vitória da denominação de Paysandu Foot-Ball Club.

Escolhido o nome, a assembléia elegeu o primeiro presidente, Deodoro de Mendonça, que encabeçou a diretoria durante 1914. Foi escolhida ainda a comissão destinada a redigir os Estatutos, recaindo a escolha nos nomes de Deodoro de Mendonça, Eurico Amanajás e Arnaldo Morais.

Primeira sede/atual

Em reunião de Assembléia Geral Estraordinária, realizada em 19 de abril de 1927, a diretoria do Paysandu foi autorizada a adquirir o prédio de nº 66(na época) da Av. Nazaré onde vinha funcionando a sede social da Agremiação. O prédio, que foi demolido e hoje sede lugar a atual sede, foi comprado pela quantia de 50 contos de réis. A sede fica localizada na Avenida Nazaré, nº 404, CEP. 66035-170, no bairro de Nazaré em Belém do Pará, onde funciona a Presidência, Diretoria do Clube, Secretaria e Departamento Administrativo/Financeiro.

Uniformes

O tradicional uniforme do Paysandu Sport Clube é composto de camisa azul e branco, com listras verticais e calções azuis. O uniforme foi uma sugestão de Hugo Leão, primeiro presidente do clube, em reunião de Assembléia Geral em 10 de fevereiro de 1914. A proposição de Hugo Leão foi aprovada por unanimidade pelos atuais associados, em reunião de Assembléia Geral, realizada em 19 de fevereiro de 1914, dezessete dias após a fundação do clube.

O Mascote

O mascote do Paysandu Sport Club foi criado em 1948 pelo jornalista Everardo Guilhon com o codinome de "bicho-papão". A inspiração do jornalista baseou-se no temor que o esquadrão de aço, como era conhecido o time do Paysandu naquela época, passava aos seus adversários no campo de jogo. No decorrer do tempo, ficou conhecido como o famoso "Papão da Curuzu", o maior papão de títulos de futebol do Norte do País.