sexta-feira, 6 de março de 2009

O futebol de Vitória da Conquista (BA)


Fotos: conquistaesportes.com
O Portal do Esporte Conquistense

Bahia Futebol Clube,time amador da Rua dos Fonseca, em Vitória da Conquista (BA), foto de 1955. Da esquerda para direita: Miltinho Labamba (mascote) - Ildon - Antônio -
Raí - Marcos (fundador do time) - João Uzura - Geraldo Correia - Manoel - ??? - Dudu - Geraldo da Granja e José Coqui.

Seleção de Vitória da Conquista 1962: de Pé: Matias - Diva - Ailton - Nêgo - Wesley - Tolica - Wilson e Detinho. Agachados: Dilson - Zinho - Milton Chefe - Piolho e Neto.

SAMUR E.C., foto de 1979. de Pé: Sinvaldo - Atracador - Zó - Clíssio - Paraná e Clóvis. Agachados: Aderbal - Branco - Missias - Ronaldo e Oberval

Seleção de vitória da Conquista em 1979. De pé: Pedrinho - Dazo - Nade - Wilton - Simões e Tifá. Agachados: Joãozinho (massagista) - Cavalinho - Almir - Milson - Venal - Galego e Cacau (roupeiro).

Bahia de Guimarães, 1980. De pé: Bola Sete - Reubem - Patinho - Guimarães - Dedezinho e Flor. Agachados: Gileno - Orflândes - Abelmiro - Washington e Adeilton. Local da foto: Estádio Lomanto Júnior. Campeonato da Liga Conquistense de Desportos Terrestres (LCDT), 1ª Divisão

Serrano Sport Club, 1981. De pé: Matias (Massagista) - Nelson - Luis Carlos - Nade - Mailson - Lulinha - Dino e Naldinho(Preparador Físico). Agachados: João Cavalinho - Djalma - Palinha - Diva e Orlando.

Ponte Preta, de Campinas em jogo no "Lomantão". No time paulista estavam jogadores como Juninho, Carlos, Dicá, Tuta e outros.

Vasco da Gama, do Rio de Janeiro no "Lomantão". No time carioca Roberto "Dinamite", Mauricinho, Acácio, e outros.

Bahia, campeão Brasileiro de 1988. Em pé: João Marcelo - Ronaldo - Paulo Rodrigues - Tarantini - Paulo Robson e Claudir. Agachados: Marquinhos - Bobô - Charles - Zé Carlos e Gil.




HISTÓRICO DO FUTEBOL EM VITÓRIA DA CONQUISTA

O casamento de Vitória da Conquista com o futebol ganhou força no final da década de 50. O Humaitá Futebol Clube, talvez o mais tradicional dos clubes do Sudoeste do Estado, era tido como a força do futebol conquistense, que arrastava multidões para assistir seus jogos no Estádio Edvaldo Flores. O Humaitá era comandado pelo presidente Lourival Cairo, maior incentivador de futebol na cidade, e que por muitas vezes viajava para Salvador somente para comprar uniformes para o Alviverde. Coisas de um apaixonado por futebol.
Há quem diga que o Estádio Lomanto Junior se chamaria Estádio Lourival Cairo, mas a política da cidade não deixou. Lomanto, baiano de Jequié, foi um político exemplar. Mas, Lourival, gente da terra, era um desportista exemplar. Tão exemplar que até os adversários do Humaitá iam "comemorar" a derrota junto com a turma verde e branca, na Confeitaria Araci, point da cidade na época. Se o estádio conquistense não possui seu nome, a história do futebol da Bahia o possui.
O Humaitá, que não conseguiu vingar como clube profissional, deu lugar ao Serrano Sport Club no coração dos moradores de Vitória da Conquista. Nascido em 1979, o Rubro-verde caiu no gosto do torcedor graças aos memoráveis jogos contra Bahia, Vitória, Galícia e Ypiranga, forças da capital até o final dos anos 80. Liderado pelo desportista Nelival Pereira Sá, o futebol de Vitória da Conquista se profissionalizava e ganhava projeção nacional.
Desembarcaram no Sudoeste clubes como Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, Santa Cruz, Ponte Preta e Náutico, todos para encarar o "encardido" Serrano, que sempre se caracterizou como um time de muita raça dentro de campo. No entanto, faltaram os títulos e os jogadores da cidade começaram a procurar outros centros para atuarem. Ausente do futebol desde 2003, o Serrano Sport Club tenta reescrever, em 2008, uma história que ficou perdida nos últimos anos.
E foi neste hiato no futebol conquistense, após tentativa frustrada de uma nova profissionalização Conquista Futebol Clube, que surgiu o Esporte Clube Primeiro Passo. Criado em 2001, a partir de um projeto social que visava unir menores carentes ao esporte, além de preparar futuros atletas para o futebol profissional, transformou-se em clube profissional em 2005, com o nome de Esporte Clube Primeiro Passo de Vitória da Conquista. Venceu a segunda divisão estadual de forma invicta em 2006 e chegou à elite do futebol baiano trazendo milhares de admiradores, que passaram a declarar seu amor pelo novo Alviverde do Sudoeste.
Tido como o clube mais profissional do interior do estado, o Vitória da Conquista almeja vôos maiores nos próximos anos. Chegou à terceira colocação no Campeonato Baiano de 2008 e leva a cidade conquistense, após 14 anos, à disputa de uma competição nacional, já que está classificado para a Série C do Campeonato rasileiro.
E assim, o futebol da cidade de Vitória da Conquista ganha continuidade. E Glauber Rocha, Xangai, Elomar Figueira, João Gonçalves da Costa, Luiz Caldas e Ricardo Castro agradecem.

Estádio Edvaldo Flores: berço do futebol de Vitória da Conquista.

CLUBES PROFISSIONAIS DE VITÒRIA DA CONQUISTA


Conquista Futebol Clube. Foi fundado em 7 de janeiro de 1978. Seu uniforme é camisa azul com detalhes brancos na gola, calção azul, meias azuis e brancas. Manda seus jogos no estádio, Lomanto Júnior, o “Lomantão”, que tem capacidade para 15 mil pessoas. Títulos: Campeonato Baiano da Segunda Divisão: 1994.

O Serrano Sport Club foi fundado em 22 de dezembro de 1979. Manda seus jogos no Estádio Lomanto Júnior, o “Lomantão”. Seu uniforme é camisas com listras verticais vermelhas e verdes, calções brancos e meias vermelhas. Títulos: campeão baiano da segunda Divisão em 1982.

O clube foi fundado pelo ex-jogador Ederlane Amorim, com a proposta de resgatar as conquistas do futebol da cidade, outrora famoso, graças a times como o Conquista Esporte Clube, Humaitá, Serrano Sport Clube e Conquista Futebol Clube. Foi iniciado, de fato, em 2001, com um trabalho voltado para a inclusão social, com objetivo de preparar os futuros atletas para o clube profissional. Essa proposta foi consolidada com algumas participações em campeonatos locais e com a expansão do então Projeto Primeiro Passo para outras regiões do estado. Em janeiro de 2005 foi fundado o Esporte Clube Primeiro Passo de Vitória da Conquista, legalmente instituído como equipe profissional. A ascensão do ECPP foi meteórica. Seu único título do time profissional foi conquistado na Segunda Divisão (Campeonato Baiano) em 2006, quando a equipe terminou invicta após 14 partidas, enfrentando equipes como o tradicional Galícia e o (então) forte Jacuipense. No ano seguinte, fez uma campanha razoavelmente boa na primeira divisão estadual, levando o status de defesa menos vazada do campeonato.

ESTÁDIO MUNICIPAL LOMANTO JÚNIOR, O "LOMANTÃO"



Localização: Vitória da Conquista, Bahia, Brasil
Capacidade: 15.000 pessoas
Inauguração: 5 de novembro de 1966
Jogo Inaugural: Seleção de Vitória da Conquista x Seleção de Jequié
Endereço: Av. Luis Eduardo Magalhães - Alto da Boa Vista
Público Recorde: 15.728 (31-01-2007, Esporte Clube Primeiro Passo Vitória da Conquista x Vitória) (Fonte: Wilkipédia)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Manifestações de amigos

Valter:
Nilo, SENSACIONAL!!! Voce é um dos maiores historiadores do futebol brasileiro!! Seu blog é NOTA DEZ!!!!!!!! Vou divulga-lo novamente. Tenho certeza que os tricolores corais vão gostar muito do post e do blog. Obrigado pela dedicação do post. Voce é um cabra arretado de bom mesmo! Abração.

Marcio:
Vi que tens fotos de times posados.Sou colecionador e parte do material está em http://fotolog.terra.com.br/retratonaparede um blog. Se tiver interesse e quiser escrever algo a respeito de algum clube que goste, ou que tenha uma boa recordação, fica o convite.

Alexandre:
Grande Nilo!! Estes dias visitando teu Orkut, observava as grandes Fotos e lá tava o Mukica e agora no último Sábado perdemos o homem MUkica....uma Pena!
Obrigado pela Lembrança!

LUIZ AMÉRICO:
Caríssimo Nilo,
em uma oportunidade, nos anos 80 ou 90, nos conhecemos. Não me recordo se em São Gabriel ou em alguma cidade onde jogava o São Gabriel. Vou procurar algo que relembre aquela época, sei que o tenho, não sei onde, porém.
Quem possui um álbum fabuloso é o Nestor, ex-jogador do Cruzeiro na década de 50. No seu arquivo constam imagens e reportagens de grandes jogos do Cruzeiro contra a dupla Grenal na década de 50. Irei procurá-lo em Porto Alegre, tarefa não muito fácil, mas creio ser de grande importância mantermos um registro histórico. Quem igualmente possui belo álbum é o Aíta que mora em Bagé.
De qualquer forma, companheiro Nilo, verei algo com o pai e com o seu Nestor e te faço remessa. Provavelmente, ainda em fevereiro estarei aí na cidade, mas te comunico antes e poderemos conversar.

Atenciosamente,
Luiz Américo Alves Aldana

terça-feira, 3 de março de 2009



Esta edição sobre o glorioso Santa Cruz Futebol Clube é dedicada ao amigo VALTER AZEVEDO, morador em Recife e grande torcedor do clube coral.


Histórico do clube

O Santa Cruz Futebol Clube foi fundado em 3 de Fevereiro de 1914 por um grupo de 11 meninos do centro do Recife. A idéia do nome Santa Cruz ocorreu por causa do local da reunião: o pátio da Igreja de Santa Cruz, onde esse grupo de jovens com idade entre 14 e 16 anos costumava jogar futebol, afinal, naquela época, não existiam campos.
Assim, num encontro realizado na Rua da Mangueira, ficou combinado que as cores do time seriam branco e preto. Posteriormente, porém, devido à igualdade de cores com o Flamengo local, o Santa adicionou o vermelho, tornando-se tricolor.
O primeiro adversário do Santa Cruz foi o Rio Negro, o jogo foi na campina do Derby, com um bom público. O placar: 7x0 para o Santa. O Rio Negro, não conformado com a goleada sofrida, pediu revanche, resultado: 9x0 para o Santa Cruz.

Foto do primeiro time do Santa Cruz.

Logo no começo de sua vida, o Santa Cruz passou por momentos difíceis, e, numa reunião, foi proposto o gasto dos únicos seis mil réis existentes em caixa na compra de uma máquina elétrica de fazer caldo de cana. Foi quando Alexandre de Carvalho bateu na mesa, declarando: "O Santa Cruz nasceu e vai viver eternamente".
O Santa Cruz sempre foi um clube popular, aceitando inclusive negros no time. Coisa rara numa época em que o futebol ainda era um esporte fechado, praticado por rapazes "gente fina" ou por funcionários das várias companhias inglesas que funcionavam no Recife.
As maiores glórias do santa foram conquistadas na década de 70. Em 1975, os tricolores fizeram uma campanha brilhante no Brasileiro chegando às semifinais, perderam a vaga na final para o Cruzeiro-MG.
Títulos Conquistados
Campeão Pernambucano: 1931, 1932, 1933, 1935, 1940, 1946, 1947, 1957, 1959, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1990, 1993, 1995 e 2005
Super Campeão Pernambucano: 1957, 1976 e 1983
Fita Azul do Futebol Brasileiro: 1980
Vice-Campeão Brasileiro (Série B): 1999, 2005
Campeão do Torneio Vinausteel, no Vietnã: 2003
Campeão da Taça Pernambuco/Paraíba: 1962
Campeão do Torneio Pernambuco/Bahia: 1961
Campeão da Taça Norte/Nordeste: 1967
Campeão da Taça Recife: 1971
Campeão da Taça Refinaria: 1995
Campeão do Torneio de Verão Cidade do Recife: 1997

1972, equipe tetra-campeão pernambucana. Depois, seria penta. (Foto: Blog do Santinha)

Um feito memorável

Nos meses de setembro e outubro de 1934 a Seleção Brasileira que regressava da Copa da Itália, desembarcou em Recife para realizar uma série de amistosos com a Seleção Pernambucana e alguns times locais, no intuito de apagar um pouco o fracasso no mundial. Mas eles desconheciam até então, o poderio de um certo esquadrão tricolor.
O primeiro confronto da Seleção Brasileira aconteceu no dia 27 de setembro com uma vitória diante da equipe do Sport. Placar final: Sport 4 x 5 Brasil.Marcaram para o Brasil: Armandinho (3), Leônidas da Silva e Patesko.
No dia 30 de setembro, a Seleção Brasileira realizava seu segundo confronto na capital pernambucana, conseguindo mais uma vitória, desta vez diante do Santa Cruz.Placar final: Santa Cruz 1 x 3 Brasil.
Santa Cruz: Dadá (Jonas) - João Martins e Marcionilo – Zezé - Sebastião e Ernani – Valfrido - Limoeiro (Sidinho) - Tará, -Lauro e Carlos. Técnico: Ilo Just.
Brasil: Pedrosa - Vicente e Otacílio – Ariel - Martim Silveira e Canalli – Átila - Carvalho Leite – Armandinho - Leônidas da Silva e Patesko. Técnico: Carlito Rocha
Gol do Santa Cruz: Tará. Gols do Brasil: Armandinho, Dondon e Patesko.
No terceiro confronto no dia 4 de outubro, a Seleção Brasileira obteve uma vitória mais tranqüila, tendo como adversário o Náutico. Placar Final: Náutico 3 x 8 Brasil. Marcaram para o Brasil: Leônidas da Silva (3), Armandinho (2), Carvalho Leite (2) e Martim Silveira.
O quarto amistoso aconteceu no dia 7 de outubro, e o adversário foi a Seleção Pernambucana, que também não resistiu ao poder da seleção nacional. Placar final: Pernambuco 2 x 5 Brasil. Marcaram para o Brasil: Armandinho, Átila, Leônidas da Silva, Patesko e Waldemar de Britto.
Após o quarto amistoso, a Seleção Brasileira já se preparava para deixar a cidade do Recife, porém, um atraso do navio da seleção fez com que o Santa Cruz, não contente com a derrota sofrida para o Brasil, pedisse uma revanche, na intenção de tentar lavar a alma de todos os pernambucanos e mostrar para o Brasil e o mundo a força e a garra do time tricolor.
O pedido foi então aceito pelo selecionado brasileiro que esperava assim conseguir a sua quinta vitória em solo pernambucano. Placar Final: Santa Cruz 3 x 2 Brasil. Data 10 de outubro de 1934. Local: Campo da Avenida Malaquias. Árbitro: T. Macedo (Brasil)
Santa Cruz: Dadá – Marcionilo e João Martins – Zezé – Furlan e Ernani – Valfrido – Lauro – Chinês – Sidinho e Estevam. Técnico: Ilo Just.
Brasil: Pedrosa - Rogério e Vicente – Ariel - Martim Silveira e Canalli – Átila - Waldemar de Britto – Armandinho - Leônidas da Silva e Patesko. Técnico: Carlito Rocha. Gols do Santa Cruz: Zezé (2) e Sidinho. Gols do Brasil: Patesko e Waldemar de Britto

Lembrança do grande jogo Santa Cruz X Seleção Brasileira (Foto: Arquivo de Fred Wanderley)

O jogador símbolo


Ele entrou para a história do Santa Cruz como Sebastião da Virada. Essa é uma das poucas imagens do jogador que, durante, quase duas décadas foi o atleta-símbolo do Santa. Quarto- zagueiro do time tricampeão pernambucano de 1931-32-33 (cuja principal estrela era José Rato Podre Fernandes), Sebastião defendeu o tricolor nos anos 30 e 40 e se tornou ídolo da torcida por ser extremamente disciplinado e cheio de garra.
Na década de 1970, enquanto o Arruda estava sendo construído, a diretoria do clube localizou o antigo craque morando numa favela pras bandas de Casa Amarela. Como as obras estavam em andamento, Aristófanes de Andrade aproveitou para construir um quarto para o ídolo junto às arquibancadas, onde ele morou até morrer pouco tempo depois.
Assim, podemos dizer que Sebastião foi fotografado em sua própria casa. Ele, literalmente, viveu e morreu no Arruda. Uma bela história de amor recíproco, de um homem pelo seu time de coração e do clube por um dos seus craques. (Fonte: Blog do Santinha)

O "Arruda" de tanta história

Algumas destas fotos históricas pertencem ao acervo do "Diário de Pernambuco" e foram cedidas ao "Blog do Santinha". Quando foram tiradas, provavelmente o fotógrafo usou uma lente grande angular e se posicionou no lance das arquibancadas superiores por trás do gol do canal. Faltavam poucos meses para a reinauguração do estádio, que aconteceu em 4 de julho de 1972. Depois de ampliado o estádio foi reinaugurado em 1982, com um torneio início vencido pelo Central de Caruaru. O estádio ficou lotado e, durante a festa, um boato gerou pânico e dezenas de pessoas se machucaram na correria. A construção com dinheiro público emprestado pelo Bandepe endividou o clube pelos anos seguintes.

Antiga sede do Santa Cruz, que foi demolida. (Foto: Arquivo de Fred Wanderley)

Foto de 1959, do velho estádio do Santa Cruz. Podem ser vistas as arquibancadas de madeira e os postes de ilumunação de segunda mão comprados do "Vovozinha", de Santo Amaro. O campo encontrava-se em outra posição perpendicular à atual, as goleiras ficavam para as ruas Rosa Gattorno e avenida Beberibe. (Foto: Blog do Santinha)

O "Arruda" em sua primeira versão, ainda sem as cadeiras, cabines de rádio ou camarotes. (Foto: Blog do Santinha)

Em 1964 começaram as obras de construção do "Colosso do Arruda". A foto mostra a limpeza do terreno e remoção do material. As arquibancadas de madeira já tinham sido desmontadas. (Foto Blog do Santinha)

A benção no "Arruda". A água benta borrifada pelo cônego Antônio Alves de Souza e o padre Humberto, da Matriz de Água Fria, que rezaram a primeira missa após a ampliação do Estádio para a minicopa de 1972, vencida pelo Brasil. (Foto: Blog do Santinha)

História do estádio

O Santa Cruz passou por muitos bairros do Recife antes de se estabelecer no atual. A primeira sede do clube foi num sobrado da Rua Glória, 140. Depois esteve na Rua do Imperador, Estrada de Belém e, finalmente, Avenida Beberibe 1285, atual sede no bairro do Arruda.
Em 1943, o Santa Cruz começoua a se implantar no bairro do Arruda, ao alugar um terreno entre a avenida Beberibe e a rua das Moças e que até então vinha sendo utilizado pelo Centro Esportivo Tabajaras, um clube suburbano.
Como o local, propriedade particular do Industrial Arthur Lundgren, fundador das Casas Pernambucanas, era bastante cobiçado, o Santa Cruz, através de Aristófanes de Andrade e do médico Gonçalo de Melo, apressou-se em adquiri-lo, pagando ainda Cr$ 1.000,00 ao Tabajaras que tinha ali uma loja de artigos esportivos.
No mesmo ano foi comprada, uma casa na avenida Beberibe, que, quando reformada, acabou servindo como sede para o clube. Neste ano foi criada uma comissão pró-sede que, após grande campanha, obteve expressivo valor para aquisição da sede.
Na presidência do clube, Aristófanes de Andrade trabalhou muito para que o local passasse para os domínios tricolores. Foi o que aconteceu, o Santa Cruz finalmente conseguiu comprar o terreno com apoio dos seus torcedores, onde depois seria construído o estádio.
Em 1954, José do Rego Maciel, que hoje dá nome ao estádio conseguiu que o Santa Cruz se apossasse definitivamente do terreno. Ele atraiu investidores para construção do estádio. Nesse ano começou a ser construído o que hoje se chama de "Repúblicas Independentes do Arruda".
Muitas campanhas foram feitas junto aos torcedores, que acabaram ajudando a construir inicialmente o "Alçapão do Arruda", com arquibancadas de madeira e situado em posição oposta à atual.
No ano de 1965, com a venda de cadeiras cativas e títulos patrimoniais, o clube começou a construir o novo estádio, o que só foi possível devido a uma mobilização de torcedores nunca antes vista. As pessoas levavam ao clube todo tipo de material de construção e doavam a sua mão de obra, construindo assim com as próprias mãos o quarto maior estádio particular do mundo.
Foi graças a torcida do Santa Cruz que além de construir o estádio, construiu também uma das histórias mais bonita do futebol brasileiro, pois o "Arruda" foi erguido a suor, sangue e lágrimas de seus torcedores. A campanha do tijolo foi uma das maiores mobilizações já vista no Brasil feita por uma torcida de um clube de futebol.
No dia 4 de junho de 1972, num amistoso contra o Flamengo do Rio de Janeiro, o "Estádio do Arruda" foi inaugurado oficialmente, contando com a presença de 64 mil pessoas, como descreveu o Diário da Noite no dia seguinte:
"Um misto de futebol exibição e competição foi o que realizaram, ontem no "Arruda", as equipes do Santa Cruz e do Flamengo do Rio, na festa de inauguração do estádio José do Rego Maciel, o "Mundão do Arruda". A partida terminou com empate de 0 x 0. O juiz foi Sebastião Rufino, tendo como auxiliares Armindo Tavares e Geraldo Alves.
As equipes formaram assim: Santa Cruz: Detinho - Ferreira - Sapatão - Rivaldo e Cabral (Botinha)- Erb e Luciano - Cuíca (Beto)- Fernando Santana (Zito) - Ramón e Betinho. O Flamengo com: Renato - Moreira - Chiquinho - Tinho e Wanderlei - Zanata e Zé Mário (Liminha) - Vicente (Dionísio) - Caio (Ademir) - Doval (Fio) e Arilson.
A renda da partida foi de CR$ 193.834,00, com um público pagante de 64.000 pessoas.
Em 1 de agosto de 1982, foi inaugurado o anel superior, quando o Colosso do Arruda passou a ter a capacidade elevada para 110.000 pessoas. Em 2000 todos os estádios brasileiros tiveram sua capacidade reduzida à metade, sendo assim a capacidade do anel superior do Arruda caiu de 50.000 para 25.000 pessoas e a do estádio de 110.000 para 66.040.
Além de ser o maior estádio de Pernambuco, o estádio do Arruda é o melhor de todo o Estado. Dos principais estádios pernambucanos, o "Arruda" é o mais recente a ser construído por isso possui a estrutura mais moderna e adequada, além do tamanho, que proporciona mais conforto ao torcedor. Não existe alambrado por isso a visibilidade do "Arruda" é uma das melhores do país.
A "Arena Coral" é um projeto do Santa Cruz F.C e tem o objetivo de realizar obras de reforma e adequação do Estádio José do Rego Maciel, para atender às especificações e diretrizes da FIFA, e se tornar uma alternativa viável à realização de Jogos da Copa do Mundo de Futebol em 2014.
O Santa Cruz Futebol Clube foi fundado em 1914, e em 1971 entrou em funcionamento o Estádio José do Rego Maciel. O “Colosso” foi palco de importantes eventos internacionais de futebol: Mini-Copa em 1972, Torneio Pré-olímpico em 1976, Copa América em 1989, Eliminatório da Copa do Mundo em 1993 e 21 amistosos internacionais.
Os números da "Arena Coral" impressionam: serão oferecidos 68.500 lugares para espectadores em jogos, 90.000 lugares para espectadores em shows, tribuna de honra com 350 lugares, 160 confortáveis camarotes, 2 telões panorâmicos, 15 acessos para o público, criação de 2.000 vagas de veículos, 1 ginásio poliesportivo e 1 heliponto. O sonho do “Museu do Futebol Pernambucano” se tornará realidade. Haverá também espaços para escolas de arte / teatro, para atender à comunidade local.
As vantagens são inúmeras. O estádio será reformado dentro dos mais avançados métodos de engenharia e totalmente enquadrado nos padrões da FIFA. O investimento é pequeno (se comparado aos padrões internacionais) já que existe a estrutura. Os investidores serão privados, sem necessidade de desembolso por parte do Clube e por parte dos Poderes Públicos.
Haverá uma enorme valorização do entorno, oferecerá ocupação diária, será uma atração turística pelo caráter emblemático e fortalecerá ainda mais a tradição do futebol Pernambucano.
O investimento estimado para as obras de reforma é de R$ 190.000.000,00 (cento e noventa milhões de reais). Isto significa € 1.000,00 (um mil Euros) por espectador. A referência internacional é em média € 2.700,00 (dois mil e setecentos Euros) por espectador.
O Clube será beneficiado com as obras de modernização além de receber aluguel por cerca de 20 (vinte) anos do grupo investidor, que fará a exploração comercial do Estádio, sem que isto interfira na propriedade e direito do Santa Cruz F.C. realizar os treinamento e jogos de futebol.
A população somente tem a ganhar, pois receberá um equipamento de nível internacional o que promoverá desenvolvimento e geração de emprego e renda. A comunidade local será privilegiada porque participará de diversas ações de inclusão social para melhoria da qualidade de vida. (Fonte: Wilkipédia)

O "Arruda", hoje



Fotos do projeto "Arena Coral"





COMENTÁRIOS DE AMIGOS

03-03-2009
Valter Azevedo disse...
Grande Nilo, a nação tricolor coral do Arruda agradece! Grande abraço.

03-03-2009
Isaias disse...
Faltou a informação que somos a TORCIDA MAIS APAIXONADA DO BRASIL.

Saudações santacruzense

03-03-2009
SC Retrô disse...
Para comemorar estes feitos históricos é que estamos lançando as camisas retrõ do mais querido.
sc_retro@hotmail.com
Willam D.