quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Arquivo de fotos

Equipe do São Paulo Athletic, com Charles Miller, ao centro (Foto: Centro Britanico Brasileiro)

Delegação do Club Athletic Paulistano, durante excursão a Europa, em 1913. (Acervo : Club Athletic Paulistano)

Friedenreich, de cabelo alisado (Foto: Jornal do Commercio-RJ)

O goleiro uruguaio Máspoli consola o capitão brasileiro Augusto, na final da Copa de 1950. (Acervo Carlos Moskowski)

Pelé em 1970, no Estádio Azteca, no México, carregado pela torcida (Foto: Iconographia)

Primeiro time formado pelo América F.C. do Rio de Janeiro, em 1913. (Acervo: América Football Club)

Didi e Pelé, passeando de bicicleta em ruas da Suécia(Foto: Jornal do Commercio)

Povo ocupa os morros no estádio do Fluminense, em 1919 (Foto: Biblioteca Nacional)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Acervo da Família Marcos Carneiro de Mendonça

Marcos Carneiro de Mendonça foi o primeiro goleiro a defender a seleção brasileira. Participou do histórico jogo contra o time inglês do Exceter City, em 21 de julho de 1914. Começou a carreira no Haddock Lobo, que depois se fundiu ao América F.C.. Do clube rubro foi para o Fluminense onde jogou até o fim da carreira, aos 29 anos, quando sofreu séria lesão.
Era natural de Cataguases (MG), onde nasceu no dia 25 de dezembro de 1894. Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1988, aos 94 anos. Ao encerrar a carreira de futebolista trabalhou como historiador e foi presidente do Fluminense, conquistando como dirigente, o bicampeonato carioca em 1940/1941.
Foi casado com a poetisa Anna Amélia de Queirós, com quem teve três filhos: Juko, Márcia e a critica teatral Bárbara Heliodora, hoje com 85 anos.

A histórica reunião do Conselho Deliberativo do C.R. Vasco da Gama, ocorrida em 21 de janeiro de 1933. A partir desse momento foi implantado o futebol profissional no Brasil.

Seleção Brasileira que disputou e venceu o Camepeonato Sul-Americano de 1919.

Nas fotos abaixo, seis das quinze equipes cariocas que disputaram o "Torneio Início" do Campeonato de 1916.

C.R. Flamengo

Botafogo

São Christóvão Athletic Club

O São Cristóvão foi fundado em 12 de outubro de 1898, no bairro de São Cristóvão, inicialmente apenas como clube de regatas, com o nome de Club de Regatas São Christóvão. Fundiu-se ao São Christóvão Athletic Club, que era apenas de clube de futebol e disputava o campeonato metropolitano, para criar o atual São Cristóvão de Futebol e Regatas.
Além de ter sido campeão do Torneio Início do Rio de Janeiro em 1918, 1928, 1933 e 1937, o São Cristóvão foi ainda vice-campeão em outras seis ocasiões (1920, 1925, 1927, 1938, 1940e 1964), num total de dez decisões disputadas neste tradicional torneio.
O clube teve o seu maior momento, quando conquistou o Campeonato Carioca da Primeira Divisão em 1926. Com uma campanha irretocável, conseguiu catorze vitórias, dois empates e apenas duas derrotas em dezoito jogos, goleando adversários expressivos, como o Flamengo (5 X 0 e 5 X 1), o Fluminense (4 X 2) e o Botafogo (6 X 3).
Outro grande momento do São Cristóvão foi o vice-campeonato carioca de 1934, que mostra a força do clube, no início do século XX, suplantando grandes clubes do futebol carioca.
Em 1937, quando disputava o Campeonato Carioca pela FMD, ao lado de Vasco, Botafogo e Bangu, entre outros, houve a pacificação do futebol carioca e os clubes da FMD se juntaram aos outros clubes para a disputa do Campeonato Carioca pacificado. O São Cristóvão liderava disparado o campeonato da FMD, sem poder ser alcançado por nenhum outro clube, mas esta liga foi dissolvida sem declarar o São Cristóvão campeão, o que foi uma grande injustiça, por não ter refletido oficialmente a superioridade do time do São Cristóvão sobre os outros concorrentes.
Comprovando que era de fato um grande time, ainda chegou ao vice-campeonato do Torneio Municipal de 1938, perdendo o título para o Fluminense, mas tendo nove vitórias, dois empates e cinco derrotas, trinta e seis gols pró e trinta contra.
Já na segunda edição do Torneio Municipal, em 1943, o São Cristóvão sagrou-se campeão, com nove vitórias, sete empates e apenas uma derrota, com 29 gols a favor e dezessete contra, desta vez, tendo o Fluminense como vice. Em 1951, seria o terceiro colocado.
Em pesquisa de torcidas realizada pelo Ibope e divulgada pelo Jornal dos Sports em 31 de dezembro de 1954, em sua pág. 5, o São Cristóvão aparecia como a sétima maior torcida do Rio de Janeiro com 1% da preferência, ou 2% se considerarmos apenas os torcedores do sexo masculino.
A maior atuação do São Cristóvão no Maracanã foi em 29 de março de 1975, quando enfrentando o Flamengo de Zico, começou perdendo por 2 X 0 e numa reação sensacional venceu o partida por 3 X 2.
Talvez o último grande momento do clube cadete no futebol, tenha sido o vice-campeonato da Copa Rio em 1998, quando perdeu a decisão para o Fluminense.
Sem dúvida, a maior revelação do São Cristóvão foi o centro-avante Ronaldo Fenômeno, qque fez 44 gols em 73 jogos pelo clube cadete, e depois jogou no Cruzeiro, PSV, Internazionale, Real Madrid, Milan e Seleção Brasileira, estando atualmente no Corinthians Paulista.
O São Cristóvão teve ainda os artilheiros dos campeonatos cariocas de 1919 (Braz de Oliveira, 24 gols), de 1926 (Vicente, 26 gols), de 1928 (Vicente, 20 gols) e de 1943 (João Pinto, 26 gols).

The Bangu Athletic Club

Quatro entusiastas do association football – Andrew Procter, Thomas Donohue, Thomas Hellowell e William French – deixaram a Pat Brothers, sediada na cidade inglesa de Southampton, para reforçar o quadro de funcionários da Fabrica Bangu. Em abril de 1894, o escocês Donohue viajou ao Reino Unido e retornou das férias com bolas e chuteiras na bagagem.
Donohue teria promovido peladas em terreno próximo aos prédios da Fabrica Bangu, seis meses antes que Charles Miller voltasse da Inglaterra. As peladas que Procter, Donohue, Hellowell e French começaram a jogar todos os domingos logo se transformaram no principal lazer dos britânicos naquele mundão de Bangu de fim de século.
Em 1897, tomou corpo entre a colônia a possibilidade de se fundar um clube para a prática do futebol. Restava apenas assinar a ata, mera formalidade. Mas o secretário da Fabrica, Eduardo Gomes Ferreira, abortou a iniciativa, alegando que jogos, e não importava de que natureza, eram nocivos à sociedade. Pois não fosse o tal Eduardo e o Bangu teria sido o primeiro clube fundado no Brasil para a prática do futebol.
Donohue e os companheiros, entretanto, não desanimaram. Trataram de ir aos poucos semeando o gosto pelo chamado esporte bretão entre os operários. No começo de 1904, Eduardo saiu de cena e a nova administração da fabrica resolveu apoiar os britânicos. No dia 17 de abril daquele ano, era criado o The Bangu Athletic Club. João Ferrer, o secretário que substituíra o intransigente Eduardo, foi aclamado presidente honorário. As cores adotadas foram o vermelho e o branco, em homenagem a São Jorge, padroeiro da Inglaterra.
Dois fatos importantes na história do Bangu. O clube tomou parte na fundação da primeira liga de futebol do Rio de Janeiro no dia 21 de maio de 1905. E foi o primeiro clube no Brasil a escalar um negro em seu time: Francisco Carregal. O ato só foi definitivamente reconhecido, 96 anos depois, em 24 de maio de 2001, quando a Assembléia Legislativa do Estado concedeu ao alvi-rubro a Medalha Tiradentes, “por sua luta contra a discriminação racial”.

Andarahy Athletic Club

O Andarahy Athletic Club, fundado em 09-11-1909, foi um clube brasileiro de futebol, da cidade do Rio de Janeiro. Seu campo estava localizado na Rua Barão de São Francisco no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte da cidade. Na década de 60, seu campo foi comprado pelo América Football Club para a construção de um estádio, e o clube extinguiu-se.
Suas cores eram o verde e o branco. Durante a história, o clube alternou dois uniformes: camisa inteiramente verde e calções brancos e camisa listrada na vertical alviverde e calções brancos.
Disputou o Campeonato Carioca nos anos de 1916 a 1923 e de 1927 a 1937. Foi campeão do Torneio Início da LMDT, em 1924 e vice-campeão carioca em 1934. Também participou por duas vezes do Campeonato Carioca da Segunda Divisão, em 1915 e 1925.
O Andarahy ficou imortalizado através da música de Nei Lopes, também gravada por Zeca Pagodinho e Dudu Nobre, “Tempo de Don-Don”, em homenagem a Don-Don, um ex-jogador do clube.

América Football Club

Fundado no dia 18/.09/1904 por Henrique, Oswaldo, Alfredo e Gustavo Bruno da família Mohrsted, Alfredo Köhler, Alberto Koltzbucher e Jayme Pereira Machado. Primeiramente pensaram em RIO FUTEBOL CLUBE e PRAIA FORMOSA FUTEBOL CLUBE, ambos recusados. Alfredo Köhler, evocando o Novo Continente, sugere America FUTEBOL CLUBE, sendo aprovado.
O primeiro uniforme adotado foi: boné preto, dolmã branco, camisa preta, com as iniciais do clube, calção e cintos brancos, meias e ligas pretas e calçados brancos. No dia 12 de abril de 1908, Belford Duarte sugeriu a mudança do uniforme, usado até hoje. E a estréia foi no dia 19 de abril de 1908, na vitória de 4x0 sobre o Paissandú.
O pavilhão era preto, com o monograma formado pelas três letras AFC, em branco. Também em 12 de abril de 1908, foi trocado por outro, inteiramente branco, tendo, no meio, um círculo vermelho, semelhante à bandeira japonesa. A substituição pelo atual estandarte vermelho, com escudo no centro, deu-se em 28 de dezembro de 1922.
O escudo, com as iniciais AFC inscritos em círculo, só seria adotado em 1913, por Marcos Carneiro de Mendonça, então goleiro de nossa equipe. Antes, havia, apenas, o monograma, que era bordado, tanto na bandeira, como na camisa.
No dia 06 de agosto de 1905, contra o Bangu, foi realizado o primeiro jogo oficial. Perdendo por 6x1, em virtude da maior experiência do adversário
Para comemorar o seu 9º aniversário e a data da Independência do Chile, no dia 18 de Setembro de 1913, o America enfrentou e venceu por 3x2 a equipe do Chile, no seu primeiro jogo internacional.